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  • 23-08-2022
  • As Diretivas Antecipadas de Vontade – um documento que garante um pouco de dignidade

    As Diretivas Antecipadas de Vontade – DAV compõem um documento que expressa os desejos de uma pessoa em reação aos cuidados aos quais quer se submeter ou não em casos de doenças incuráveis e degenerativas, com o propósito de prorrogar a vida do paciente em situação irreversível e estabelece normas éticas que amparam a decisão de pacientes diante das recomendações médicas por meio da Resolução 2232/2019, com o propósito de prorrogar a vida do paciente em situação irreversível.

    O assunto vem ganhando notoriedade nos últimos anos e ganhou destaque diante da pandemia de Covid 19, porém ainda são resultados tímidos, que demonstram o quanto ainda existe barreira no que se refere à abordagem dos brasileiros sobre doenças e morte.

    Embora o Covid 19 tenha levado para dentro de muitas casas o tema morte, que passou a fazer parte de conversas cotidianas, no entanto, a pauta era a morte do outro, mesmo que alguém muito próximo e nunca sobre o entendimento da própria morte.

    Desmistificando, o DAV- Diretivas Antecipadas de Vontade, é um documento que valida previamente a manifestação de vontade caso o indivíduo esteja incapaz de se manifestar sobre sua própria vontade em um momento de doença grave ou final de vida e dessa forma a pessoa consegue exercer sua autonomia prospectiva sobre cirurgias, administração de medicamentos, ressuscitação cardiopulmonar e terceiros autorizados a tomar decisões por sua vida.

    Nem sempre a DAV é isenta de conflitos

    A família ou a equipe médica pode se recusar a seguir o que está na DAV, ainda que o documento seja admitido pelo CFM – Conselho Federal de Medicina, não é previsto em lei e no caso de contestação, a justiça pode ser acionada com o objetivo de fazer valer a vontade do autor e nesse caso é importante que haja alguém que tenha o objetivo de fazer valer a vontade do paciente.

    Resolução 1995/2012

    “A Resolução 1.995/2012 do CFM diz que a vontade do paciente prevalece sobre a vontade de seus familiares. Essa é a base jurídica do documento: os princípios da autonomia e da dignidade da pessoa humana. Então, teoricamente, não deveríamos passar por situações de familiares ou equipe médica descumprindo a vontade do paciente, mas sabemos que isso acontece."

    É necessário que as pessoas se informem sobre o tema e passem a quebrar esse paradigma que envolve a autonomia de uma pessoa em final de vida.

    Por outro lado, também podemos pensar como um profissional da área da saúde, sobre o que fazer quando um paciente não for capaz de decidir sobre o que deseja naquele momento, situação difícil, não é? A dificuldade desaparece quando é deixado tudo documentado.

    App estimula documentar a DAV

    A Sociedade Brasileira de Gerontologia – SBGG lançou o aplicativo Minhas Vontades, cujo objetivo é estimular o registro relacionado às Diretivas, fazendo valer do momento da pandemia onde passamos a conversar sobre o tema, pois não há como fechar os olhos como se costumava fazer.

    A Residência Primaveras – Casa de Repouso e Centro Dia, respeita as decisões de seus residentes e hóspedes em todas as fases de suas vidas e não poderia ser diferente em momento de finitude. Nosso objetivo é garantir a dignidade e escolhas dos nossos idosos.

     

     

     

     


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